segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Dos inimigos, dos amigos, da luz, da treva e de como lido com tudo isso.

"Um homem de princípios faz inimigos todos os dias."
                                                     (Hermann Hesse)

"Quem é sábio, aprende muito com os seus inimigos."
                                                             (Aristófanes)

"Deus me proteja dos meus amigos. Dos inimigos, cuido eu."
                                                                             (Voltaire)

"A tua atitude emerge do que costumas dizer: 'Ainda sou capaz de utilizar quem é por mim. Mas prefiro, por comodidade, mandar o meu adversário para o outro campo e abster-me de agir sobre ele, a não ser pela guerra'.
Ao proceder assim, não fazes mais que endurecer e forjar o teu adversário.
E eu cá digo que amigo e inimigo são palavras da tua lavra. É certo que especificam qualquer coisa, como definir o que se passará se vos encontrardes num campo de batalha, mas um homem não se rege só por uma palavra. Sei de inimigos que estão mais perto de mim ou que me são mais úteis ou que me respeitam mais do que os amigos. As minhas faculdades de acção sobre o homem não estão ligadas à sua posição verbal. Direi mesmo que actuo melhor sobre o meu inimigo do que sobre o amigo: quem caminha na mesma direcção que eu, oferece-me menos oportunidades de encontro e de troca do que aquele que vem contra mim, disposto a não deixar escapar a mínima palavra ou gestos meus, que lhe podem sair caros." 
                                                         (Antoine de Saint-Exupéry)

Quem está contra mim? E quem me quer bem? Quem me leva às trevas com a velocidade de uma queda livre e quem é capaz de me rebatizar na luz? Quem quer devorar minha essência e quem quer preservá-la?
Sinto a paranóia e a insanidade cada vez mais próximas de mim. Sinto que alguém espreita meu leito, com a adaga mais afiada, para lavar meus lençóis de sangue. O meu sangue. A minha vida. Sinto que vampiros sugam mais e mais a minha luz, e me vejo nos espelhos cada vez mais escuro e mingüado, mais velho, mais cansado... Tenho em mim o medo de andar na luz, pois tenho medo que meus inimigos me vejam...
Mas e quanto a iluminação que alcancei no passado? Onde ficou? Onde está agora que preciso dela?
A resposta é mais simples do que posso imaginar: deixei meu desespero desfaze-la de minha lembrança. Agora, não sei mais como contornar o demônios que me atormentam, sejam eles externos ou internos. Não seu dizer se meus inimgos estão dentro de mim ou fora de mim, e nem se são realmente inimigos. Talvez, pela falta do amor que tanto custei em conquistar, e que de alguma maneira se perdeu no caminho, minha visão tenha ficado turva e distorcida, e eu já não tenha mais capacidade de distinguir as pessoas e as coisas.
Não obstante...
Quando lembro do amor, mais da essência da palavra do que da palavra em si, sinto que ainda tenho um pouco mais de força. Sinto que posso conter meus demônios, que posso vencer meu inimigos sem feri-los, que posso recuperar amigos que perdi ou que se perderam. Quando lembro do amor, retorna a mim um pouco daquela iluminação do passado, a sabedoria que conquistei com muito custo. E com este pouco de sabedoria, posso me manter em pé para ao menos caminhar alguns passos para frente, para a evolução. Quando lembro do amor, tenho certeza de que os inimigos que fiz por ter eu uma opinião com a qual eles não concordam um dia vão entender e respeitar meu ponto de vista. Com amor, posso converter os inimigos que fiz em novos amigos. E os amigos que perdi por eu ter me perdido voltarão ao perceber que voltei de meu tormento mais forte. Os amigos que ficaram certamente se alegrarão ao ouvir o riso dos imortais que irromperá de minha boca no momento da minha glória. E os inimigos que insistirem em atacar minha alma ouvirão a oração de São Jorge e fugirão acuados.

Chagas abertas, Sagrado Coração todo amor e bondade, o sangue do meu Senhor Jesus Cristo, no corpo meu se derrame hoje e sempre.
Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me exerguem e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não o alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.
Jesus Cristome proteja e me defenda com o poder de sua Santa e Divina Graça, a Virgem Maria de Nazaré, me cubra com o seu Sagrado e divino manto, me protegendo em todas minhas dores e aflições, e Deus com a sua Divina Misericórdia e grande poder, seja meu defensor, contra as maldades de perseguições dos meus inimigos, e o glorioso São Jorge, em nome de Deus, em nome de Maria de Nazaré, e em nome da falange do Divino Espírito Santo, me estenda o seu escudo e as suas poderosas anulas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, do poder dos meus inimigos carnaise espirituais e de todas sua más influências, e que debaixo das patas de seu fiel ginete, meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós, sem se atreverema ter um olhar sequer que me possa prejudicar.
Assim seja com o poder de Deus e de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
Amém.


Um comentário:

VolksHater disse...

é verdade, quando menos esperamos, pessoas próximas podem se tornar inimigos...
mas o que nos reconforta é que também inimigos podem se tornar nossos amigos com a mesma velocidade que se tornaram amigos...