terça-feira, 10 de setembro de 2013

Vênus em Conjunção com a Lua dos amantes.

Nunca verei Lua como esta de novo... O teu sorriso, e um ponto luminoso que é teu olhar escondido entre teus cabelos. É Vênus em conjunção com a Lua, maré alta em meus olhos, palpitar em meu peito. É a Terra a girar pelo simples acaso das horas, como se não esperasse nada além dessa visão. Tu, que és mulher, verás em mim muito mais do que vejo eu mesmo, e tu que és Lua enxerga bem mais através da minha carne do que meramente sangue. Tu, com teu olhar, me restringes e me incandesces, e eu, tal como vela, incendeio porque teu sorriso existe no meio do céu das minhas noites. A ponta do meu dedo em brasa tenta tocar o teu rosto que se forma entre as estrelas, sem sucesso.
E quem dirá que nunca te toquei, se em meu sono é tua luz que me acaricia o rosto, me afaga os cabelos e beija meus olhos? Quem me acalenta nos horas infelizes dos meus dias, quem viola o curso do tempo e me faz voltar aos dias mais tenros da minha idade? Quem me retorna ao berço da terra, me faz pó e sombra do mundo? Quem, senão tu, minha Lua?
E nunca, nunca mulher, nunca minha Lua, verei Lua como tu outra vez. Que as conjunções astrais são tão efêmeras quanto as mãos que te escrevem.




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