quarta-feira, 13 de junho de 2012

A carta esquecida, seguido de Conhaque

Assim que eu galgar a esquina, ela vai terminar de cuidar de suas coisas dentro da bolsa. Quando eu tiver dado mais dez passos, ela vai ver a bola de papel sobre a mesa. Outros dez e ela abrirá o papel, desamassando-o. Na próxima esquina ela terá terminado de ler a carta de amor que escrevi. E em mais um passo, um único passo, o papel tornará a ser amassado. E em dois passos mais, mais uma carta de amor jazerá esquecida dentro de uma lata de lixo, como se nunca tivesse sido lida.

Fonte: Google Images

Quem dera o mundo fosse dourado como este conhaque que bebo, e a vida uma eterna embriaguez dos sentidos. Quem dera fosse a realidade, por fim, uma ilusão doce e bela...

Fonte: Google Images

Um comentário:

Thiago Augusto Maciel disse...

Bom texto, Diego. Simples e com muito conteúdo e criatividade. Gostei do Blog.

Abraço.